1888 – 1912, o começo do fim. Em 13 de maio de 1888, a princesa regente do Brasil, Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, dava início ao começo da abolição da escravatura. Depois de cem anos, exatamente um século, contados da assinatura da Lei Áurea, que daria fim a escravatura legal no Brasil, foi promulgada, em outubro de 1988 a nossa constituição cidadã, que quebrou o silencioso hiato e trouxe novamente para discussão a pelêmica situação vivida pelo povo negro. De lá pra cá, muito se discutiu, até que em 2003, o Presidente da República, Luis Inácio LULA da Silva, corajosamente cria uma Secretária Especial, ligada ao Gabinete da presidência, como órgão catalizador da discussão e formulador de política.
Sob a pressão acalorada das entidades representativas dos negros, negras, sindicatos e movimentos populares, as universidades federais entram de vez na discussão e abrem suas portas de entrada com a adoção do sistema de cotas, que sofreu ação de rejeição por forças retrógadas e atrasadas na conquista de direitos ao cidadão.
De tudo, a adoção das cotas pelas universidades, é verdadeiramente uma ação afirmativa muito positiva. Os grilhões agora serão definitivamente quebrados e não mais se consertarão. O direito à educação, como signatário da liberdade e da igualdade deve andar junto a estas para que sejam respeitadas as diferenças.
A heterogênea sociedade brasileira é formada por aproximadamente 52% de negros e pardos e sua Suprema Corte tem apenas um magistrado efetivamente negro, o que nos permite deduzir que o sitema de admissão por cotas nas universidades brasileiras é legítimo e faz todo sentido sua aplicação para a construção de melhores oportunidades e de um futuro mais igualitário. Por isso, queremos saudar a histórica decisão tomada pela suprema corte brasileira em favor das cotas, da liberdade e autonomia das universidades.
Viva o 13 de maio, viva nossas irmãs e imãos negros. Dignidade e igualdade à todos!!!!
Euclides Vieira
Administrador – militante do Movimento Negro Socialista
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